Fortalecer a resistência das mulheres negras. Somar forças com os movimentos feministas e de mulheres contra o patriarcado. Aproximar a luta pelo direito à cidade da luta da população negra, das mulheres, das pessoas com deficiência, da população LBTQIA+.
O Fórum Nacional de Reforma Urbana lança uma página dedicada à produção de conteúdos sobre essas questões com o objetivo de construir pontes entre as lutas e formulações das mulheres negras, feministas e do direito à cidade.
Queremos criar coletivamente estratégias, compartilhar reflexões e inspirar a superação de desafios em uma comunidade.
Referenciadas por mulheres que vieram antes de nós, saudamos e convidamos mulheres cis e trans a pensarem cidades que sejam seguras, livres, feitas por nós e para nós.
Em um espaço digital, queremos criar terreno compartilhado entre as bolhas do direito à cidade, dos debates de gênero, de mulheres cis e trans e da negritude.
Na rua, nas ocupações, na academia e nas marchas queremos caminhar lado a lado. Com faixas, cartazes e palavras de ordem que defendem o fim do racismo, do patriarcado, do capitalismo, da lgbtfobia, do capacitismo.

A experiência de viver as cidades brasileiras não é a mesma para mulheres negras e brancas, mulheres cis e trans, pessoas não binárias, para trabalhadoras, para quem depende do transporte público. A desigualdade impacta diretamente no que entendemos por direito à cidade.
Será que ele existe, realmente, para as mulheres negras? Que cidade é vivenciada por mulheres trans, travestis e pessoas não binárias? Como as trabalhadoras atravessam as cidades e, ao mesmo tempo, as sustentam?
São questões como essas que nos impulsionam a colocar as mulheres negras na centralidade das formulações e da luta por cidades inclusivas, democráticas e populares.
“Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”, afirma Angela Davis, filósofa estadunidense que é referência para os movimentos de mulheres negras e feministas.
Como ela aponta, as mulheres negras são parte da base da sociedade, dando sustentação a tudo. Mas esta é uma luta coletiva, interseccional, ou seja, de bandeiras e pautas que precisam caminhar juntas.
Neste espaço teremos dados, entrevistas, reflexões, conteúdos em vídeo, áudio, foto e texto sobre as temáticas e sobre as lutas diversas que nos atravessam.
Inspiradas por Angela Davis e por tantas mulheres negras, avançamos na luta para movimentar a estrutura desta sociedade e construir o mundo que queremos. Sejam bem vindas, bem vindes e bem vindos a este espaço!