Jornada de luta pela moradia em Brasília reúne movimentos de todo o país

Nos dias 4 e 5 de outubro, movimentos populares de diversos estados brasileiros irão se encontrar em Brasília para exigir recursos para moradias populares, políticas públicas que forneçam comida no prato das populações mais vulneráveis, agilidade na vacinação dos brasileiros contra a Covid-19, a garantia a democracia e da participação social nas leis e nas ruas, o direito à água e saneamento, e o fim das remoções forçadas que violam o direito à moradia e à dignidade humana. 

Concluído o primeiro dia com muita potência, a #jornadadeluta dos movimentos populares em Brasília, no dia 4, teve o seminário dos movimentos, com importantes discussões e análises conjunturais e representações de todas as regiões do país. 

De manhã houve um momento de análise de conjuntura, que contou com falas potentes de representações de todos os movimentos nacionais. O evento teve destaque para a fala das mulheres de todas as regiões, que predominaram nas exposições . Foi ressaltada a importância de derrotar não só Bolsonaro, mas o bolsonarismo e o conservadorismo violento que mata principalmente a população pobre do país, as famílias trabalhadoras que estão na luta por emprego, pelo direito de se alimentar e pelo direito a moradia.

Ainda na segunda (4), a tarde foi dedicada aos trabalhos em grupo, onde foi aprofundada a discussão em torno de três grandes temas: 

G1) Geração de renda nas periferias, economia solidária e soberania alimentar; 

G2) Cidades não são mercadoria – por uma política de desenvolvimento urbano; 

G3) Financiamento das políticas urbanas. 

A Campanha Despejo Zero também foi um ponto de discussão, com a presença da deputada federal Nathália Bonavides (PT/RN), que participou da discussão em torno da Lei nacional que proíbe despejos durante a pandemia.

Sobre a crise dos despejos, também foi ponto de discussão as estratégias de como pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pra ampliar o prazo da liminar que foi concedida por Barroso e próximos passos para garantir mais proteção às famílias que estão em situação de remoção e de ameaça de despejo.

Marcha do Movimento Popular Urbano

No dia 5, os movimentos realizarão protestos em frente ao Ministério do Desenvolvimento Regional, Ministério da Economia e pela Caixa Econômica Federal.

Fazem parte da marcha a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Central dos Movimentos Populares (CMP), Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD), Movimento Nacional pela Luta por Moradia (MNLM), CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores) e Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), com apoio do Fórum Nacional de Reforma Urbana.

Confira algumas das pautas dos movimentos:

  • Direito à Cidade – Despejo Zero! 
  • Direito à Moradia, seja lutando contra os despejos, ou garantindo a conclusão de projetos habitacionais em andamento
  • Contra os cortes orçamentários na produção de moradia para quem precisa 
  • Contra o desmonte e ameaça de privatização da Caixa Econômica federal
  • Contra a privatização das terras públicas
  • Vacinação para todas e todos
  • Pela geração de renda e garantia de alimento para todos
  • Por outra política de Segurança Pública, que combata a violência que segue como uma realidade gritante, afligindo em especial jovens negros e negras nas nossas periferias. 
  • Pela retomada dos Conselhos, que garantem controle social e participação popular na construção das políticas urbanas.

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